Boca de Brasa - As Origens

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Criado em 1986 pela Fundação Gregório de Mattos (FGM), o Boca de Brasa nasceu como uma iniciativa itinerante, levando apresentações artísticas a bairros periféricos. O projeto foi suspenso em 2003 e relançado em 2013, no início da gestão de Fernando Guerreiro, numa nova roupagem, ainda itinerante, em que permanecia por uma semana em cada bairro e, ao final, acontecia uma mostra cultural, apresentando o resultado de cada oficina.

Mas o Boca de Brasa cresceu -- e muito. E se formatou como um programa multiestruturado que visa à descentralização da criação, da produção, da difusão, do fomento e da qualificação das manifestações artístico-culturais da cidade. O Boca de Brasa tem sido ferramenta prioritária de políticas públicas culturais, tomando importante dianteira de modos de promoção e desenvolvimento estruturante da economia da cultura em toda a cidade.

Em 2018, a Prefeitura de Salvador construiu o primeiro Espaço Cultural Boca de Brasa, dentro do Subúrbio 360, no bairro de Coutos. Até 2020, mais três unidades foram entregues: Cajazeiras, Centro e Valéria. 
A partir destes centros, centenas de ações são realizadas, envolvendo milhares de artistas, trabalhadores da cultura e um número ainda maior de pessoas que se tornaram público cativo do Boca de Brasa.

Através dos editais Espaços Culturais Boca de Brasa, espaços geridos por organizações da sociedade civil também puderam realizar ações formativas : Pracatum (Candeal), JACA – Juventude Ativista de Cajazeiras (Cajazeiras), Programa Avançar (Bairro da Paz), Circo Picolino (Pituaçu), Associação Quabales (Nordeste de Amaralina), Casa do Sol (Cajazeiras) e MUNCAB (Centro).


Desde 2022, a FGM firmou parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Emprego e Renda, dando origem aos Polos Criativos Boca de Brasa, que assumem um conceito mais amplo do que os limites dos Espaços Boca de Brasa, como zonas territoriais que concentram atividades formativas, de produção, articulação, difusão, circulação e fruição cultural, reverberando para o seu entorno os resultados dessas atividades.

Em 2023, através do Edital Polos Criativos Boca de Brasa Ano I, associações da sociedade civil foram contratadas para desenvolvimento de programas técnico-pedagógicos consagrados como Escolas Criativas Boca de Brasa nestes territórios, além de na Cidade Baixa, em parceria com o Centro Cultural Sesi Casa Branca, oferecendo formação em artes e cultura para centenas de pessoas certificadas.

Em 2024, além de replicar as Escolas Criativas Boca de Brasa nos territórios da Federação e de Itapuã – no Centro Comunitário Mãe Carmen do Gantois e na sede do Bloco Afro Malê Debalê, respectivamente –, foi lançado o Programa Boca de Brasa de Aceleração de Iniciativas Culturais e Criativas.

Em 2025, as Escolas Criativas Boca de Brasa, além de manter atividades nos bairros já conquistados, irão também avançar para outras regiões da cidade, como Ribeira, Liberdade e Pau da Lima.